terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Estudo Sobre Incidentes Fatais no Triathlon
No dia 20 de janeiro de 2013, tivemos a infeliz notícia do falecimento de 2 (dois) triatletas na etapa de natação do Ironman 70.3 South Africa 2013. Até o momento, a causa das mortes aponta para uma parada cardíaca.
Desde então, venho pesquisando para ver se encontro mais detalhes do caso, e nessa busca, acabei encontrando um Estudo Sobre Incidentes Fatais no Triathlon realizado pela USA Triathlon, divulgado pela entidade em 25 de outubro de 2012.
Segue logo abaixo, uma tradução livre do artigo da Revista Triathlete sobre esse estudo. Para ter acesso ao artigo original, clique AQUI.
Depois de muita expectativa, foi lançado para o público em geral, um Estudo de 14 páginas da USA Triathlon sobre Incidentes Fatais no Triathlon. Após cinco mortes de triatletas registradas no verão de 2011, incluindo duas no Nautica New York Triathlon, o órgão regulador do esporte criou uma força-tarefa para investigar a segurança do esporte.
Os cinco membros do Painel de Revisão Médica, composto por três médicos e dois diretores de prova, trabalharam com dados revisados de 2003 a 2011, para identificar padrões e possíveis estratégias para a prevenção de mortes no triathlon. Nesse período, 43 mortes foram registradas durante os eventos, das quais 5 foram consideradas "traumáticas", causadas por ferimentos em acidentes com a bicicleta; das 38 mortes restantes, 30 ocorreram durante a natação, três ocorreram durante o ciclismo, três durante a corrida e duas após o término da prova.
Um estudo de 2010 publicado no Journal of the American Medical Association, afirmou que os triathlons são duas vezes mais mortais do que as maratonas. Com uma taxa global de 1 morte por 76.000 participantes, o estudo da USAT considera a taxa de fatalidade no triathlon semelhante ao das maratonas nos Estados Unidos (1 em 75.000).
Embora o histórico médico detalhado e os resultados da autópsia não estavam disponíveis para cada caso, a USAT diz que a maioria das mortes relacionadas no triathlon foram causadas por morte súbita cardíaca. As taxas de mortalidade não parecem ser influenciadas pela duração da prova, o método de início da natação (massa, onda, ou início de contra-relógio), e experiência anterior no triathlon (ou falta dela). Uma análise das condições do percurso, determinando ambientes inseguros ou negligência por parte dos organizadores do evento, não tiveram um papel em qualquer uma das mortes.
Além disso, a USAT não encontrou provas suficientes de mortes causadas pela Natação Induzida Edema Pulmonar (SIPE), uma teoria popular nos meios de comunicação de mídia e fóruns de discussão do triathlon. No entanto, o painel recomenda muita cautela aos atletas sem experiência e se tiverem algum problema para conseguir respirar enquanto nadam, que parem e procurem assistência imediata.
Outras recomendações da USAT para os atletas, incluem:
- Visite um médico para um exame físico, com ênfase na saúde do coração, antes de participar no esporte.
- Criar um plano de prova consistente com a saúde, fitness e preparação.
- Preparar adequadamente para a natação em águas abertas antes do dia da prova.
- Certifique-se de todos os equipamentos funcionando adequadamente.
- Aprenda técnicas de ressuscitação e estar preparado para usar essa habilidade quando necessário.
- Durante o evento, parar ao primeiro sinal de um problema médico, incluindo dor no peito / desconforto, tonturas ou ritmo cardíaco anormalmente alto.
Para ter acesso ao estudo original completo de 14 páginas da USA Triathlon, clique AQUI.
Vale a pena a leitura, onde é possível visualizar algumas estatísticas, gráficos e outros dados interessantes e importantes de se conhecer.
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